INGMAR BERGMAN

 

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Uma educação severa sob a tutela de um pai pastor luterano, o fascínio pelo teatro vindo dos espetáculos de marionetes e, mais tarde, o contato com os grandes clássicos do cinema sueco, essas são as chaves para se entrar na obra de Bergman. De sua infância conturbada, conservou um certo número de obsessões. A morte, sobretudo. Renegado pelos cristãos, vê ser desaprovada pela esquerda sua indiferença para com as injustiças sociais e a opressão política e espiritual. O estilo de Bergman acompanhou a evolução de uma atitude cada vez mais indiferente e desiludida. Foi um homem de teatro que levou para o cinema a paixão por conflitos psicológicos intensos.
Comparável a enfoques da filosofia existencialista, o cinema de Ingmar Bergman evoluiu de uma angustiada busca do sentido da vida para uma abordagem original dos problemas suscitados pelos relacionamentos humanos.

O cinema de Bergman não trouxe grandes inovações formais, mas sua excelente direção de atores e a profundidade filosófica dos temas tornaram-no uma das figuras mais destacadas do cinema mundial. Sua análise angustiada da situação humana nada perdeu da intensidade com os anos. A progressiva eliminação dos elementos dispersivos de adorno permitiu que seus filmes constituíssem um grande drama abstrato sobre a relação do homem com seus semelhantes e, talvez, com Deus. Bergman lida com a tentativa do homem para definir a própria personalidade, removendo as muitas máscaras para ver que rosto surge por trás. As imagens do criador como ator ou como mágico retornam aqui e ali em sua obra. Ele mesmo incorpora facetas de pensador e de ator, de pregador e de charlatão; em Bergman, todos os papéis são fundidos para criar um artista de grande força e individualidade. A aparência enevoada de seus filmes, quer nas imagens do ambiente físico, quer no tocante aos sentimentos humanos, garantiu-lhe a realização de um estilo maior e inconfundível.

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